quinta-feira, 3 de julho de 2008

Presidente do STF condena Estado Policial, ataca “inépcia” do MPF e cobra postura de Lula e Tarso sobre a PF

Quarta-feira, Julho 02, 2008

Presidente do STF condena Estado Policial, ataca “inépcia” do MPF e cobra postura de Lula e Tarso sobre a PF

Edição de Quarta-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Jorge Serrão

O Estado policial, no pior estilo soviético, foi duramente combatido ontem pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Gilmar Mendes voltou a criticar o vazamento de informações pela Polícia Federal. O ministro defendeu a criação de uma lei para enquadrar casos de abuso de autoridade. Gilmar cobrou providências do chefão Lula da Silva e do ministro da Justiça, Tarso Genro, para impedir a divulgação não autorizada de investigações da PF. Mendes vai esperar sentado por alguma providência dos bolcheviques no poder.

O presidente do STF deu uma enquadrada generalizada no sistema de Polícia Judiciária Federal. Gilmar Mendes cobrou agilidade do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para apurar os casos de vazamentos. E mandou mais chumbo contra os abusos institucionais: “É preciso encerrar esse quadro de intimidação. É fundamental que o presidente da República, o ministro da Justiça e o diretor da Polícia Federal ponham cobro a esse tipo de situação. É abusivo o que se vem realizando. Não é possível se instalar no Brasil um modelo de Estado policial”.

Gilmar Mendes aproveitou para dar outra alfinetada na competência na Procuradoria Geral da República. O ministro pediu aos jornalistas que divulguem os casos em que o STF rejeita denúncias do Ministério Público por "inépcia". O procurador-geral da República alegou que as críticas do presidente do STF foram feitas "dentro de um contexto e se referem a situações específicas". Tentando sair da linha de alvo do tiroteio, Antônio Fernando de Souza alegou que o MP investiga as denúncias de vazamentos de informações pela PF.

O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, também apelou para o tom conciliador. Fingiu que não existe mal estar entre as instituições. Ponderou que as opiniões do ministro devem ser consideradas. Corrêa prometeu investigar eventuais desvios. Só insistiu que não há abusos na ação de seus agentes: “Estamos num momento em que a polícia passa atuar com temas e atinge categorias que não eram alcançadas pelo Estado”.

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