sexta-feira, 16 de maio de 2008

Conversa de inglês

Quinta-feira, Maio 15, 2008

Alerta Total

Conversa de inglês

A renúncia da ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi descrita pelo jornal britânico The Independent como um "golpe para o futuro do planeta".

No editorial de título "Salvem os pulmões de nosso planeta", publicado hoje, o jornal inglês destaca que, cinco anos atrás, a ministra foi nomeada como o "anjo da guarda" da Amazônia, mas desde então vinha travando batalhas com fazendeiros e madeireiras.

"Ela freqüentemente parecia uma voz solitária no governo brasileiro - derrotada em votações como a introdução de grãos geneticamente modificados, a construção de uma nova usina nuclear e em projetos maciços de infra-estrutura, incluindo duas grandes represas para hidrelétricas e a construção de uma nova estrada na floresta".

Tese da internacionalização

Segundo o jornal inglês, porta voz da City de Londres, a Amazônia deveria ser uma preocupação mundial:

"É fácil para as nações ricas condenar uma economia emergente que sucumbe às pressões comerciais e abandona o meio ambiente. Mas este não é o problema de apenas um país. As mudanças climáticas são o maior fracasso do mercado já visto no mundo; aqueles que poluem, geralmente, não são os que pagam. A Amazônia é um recurso precioso para o mundo todo e pelo qual nós todos devemos assumir responsabilidade".

O Independent ainda cita um relatório encomendado pelo governo britânico, o Sterns Report, que recomenda o fim do desmatamento como a melhor e mais barata forma de combater o aquecimento global - e que não exige sequer inovações tecnológicas.

Quem paga leva...

O Independent lembra que a iniciativa consumiria "apenas a vontade política e cerca de US$ 80 bilhões, uma conta relativamente baixa se for paga por todo o mundo".

"O relatório Stern identificou onde o dinheiro deveria ser gasto: esclarecer os direitos de propriedade sobre florestas, fortalecer o cumprimento da lei e pagar, a partir de fundos públicos, para conter a atração do dinheiro de interesses já fixados".

No fim, o jornal justifica por que o Brasil não precisa entrar com a grana – e sim os investidores internacionais:

"O Brasil não vai pagar. E por que deveria pagar por algo que vai beneficiar todo o mundo?".

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