por Cliff Kincaid em 19 de junho de 2008
Resumo: O que quer que você pense de Bush, McCain ou a Guerra no Iraque, não há dúvidas de que o ex-assessor de imprensa de Bush fez o papel de “idiota útil”.
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O editor Peter Osnos, que pessoalmente admite estar trabalhando com o ex-assessor de imprensa da Casa Branca no Governo Bush, Scott McClellan, em seu novo livro, “What Happened” (O que houve), iniciou sua carreira como um assistente de I. F. Stone, o “jornalista” pró-comunista conhecido como agente de influência soviético, tio de Kathy Boudin, terrorista comunista da Weather Undergound.
Mas as conexões não param por aqui. Chesa, filho de Boudin, foi criado pelos colegas de Barack Obama, Bill Ayers e Bernardine Dohrn, que foram camaradas de Boudin no grupo terrorista comunista após Cathy Boudin ter sido presa por seu envolvimento em um roubo e assalto a mão armada que resultou na morte de dois policiais e um segurança. Dohrn foi preso mais tarde por recusar-se a cooperar em uma investigação oficial sobre o crime.
Obama tira proveito do livro de McClellan porque ele foi obviamente manipulado sob a orientação de Osnos, para infligir o máximo prejuízo ao Presidente Bush e, por conseguinte, ao seu colega republicano e apoiador da Guerra no Iraque, Senador John McCain. Nada disso pode ser coincidência.
Praticamente todos os antigos amigos de McClellan dizem que o que ele está escrevendo e dizendo agora não parece de forma nenhuma ser coisa dele. A explicação óbvia é que, qualquer que seja a razão ou motivação, ele está lendo um script preparado por Osnos e pela extrema esquerda.
Uma reportagem de 30 de maio do Washington Post dizia: “Em algum momento entre a proposta e a publicação, de acordo com o que contou McClellan ontem, caíram os antolhos, levando-o a escrever um livro no qual acusa seu ex-chefe, o Presidente Bush, e seus assistentes superiores de abandonarem a ‘imparcialidade e a honestidade’ para empreender uma ‘campanha de propaganda política’ que levou a nação a uma ‘guerra desnecessária.’”
Mas o jornal também citou Osnos como tendo dito que McClellan “precisou de uma orientação editorial para contar a história que ele queria contar o tempo todo”. Isto envolveu até mesmo o subtítulo, que a princípio terminava com “O que há de errado com Washington”, mas que tornou-se “A cultura da Fraude de Washington” no produto final. Osnos contou ao jornal que o subtítulo “evoluiu”. A história obviamente também.
Uma questão que foi levantada por críticos é se McClellan está nessa só pelo dinheiro. Mas isto é menos importante do que o fato de que a rede que fez deste livro uma realidade incorpora muitos elementos da extrema esquerda. A rede que incluía Stone, que morreu em 1989, foi o assunto do livro de 2003 de Susan Braudy, Family Circle (Círculo Familiar), sobre as ligações comunistas e socialistas da família de Boudin. A página 185 mostra Kathy Boudin e Bernardine Dohrn juntos, “após o retorno de Bernardine de Cuba”, onde ela teve “uma calorosa reunião com os membros do Viet cong”.
A linha de ataque
É significativo que Osnos diga que cada livro que ele publica inclui uma dedicatória a Benjamin C. Bradlee, I. F. Stone e Robert Bernstein, ex-presidente da Random House. Os dois primeiros são dignos de menção. Bradlee foi o editor-executivo do Washington Post, famoso por dizer certa vez que, durante a cobertura do affair Irã-Contra na gestão Reagan, ele estava tendo “a maior diversão desde Watergate”. Bradlee estava esperando derrubar Reagan, da mesma forma que haviam derrubado Nixon na cobertura feita pelo jornal sobre o escândalo Watergate.
Nixon tinha adquirido uma reputação nacional como deputado e tinha feito a base para sua campanha à presidência do país quando ajudou a expor o espião soviético Alger Hiss no Departamento de Estado e uma rede comunista dentro do governo norte-americano. Interessantemente, um dos repórteres de Bradlee no caso Watergate foi Carl Bernstein, cujos pais foram membros do Partido Comunista controlado pelos soviéticos. O episódio Irã-Contras não derrubou Reagan, mas a extrema esquerda aparentemente espera que o livro de McLellan derrube ou prejudique mais o Presidente George W. Bush. Também pode, nos seus pontos de vista, causar algum prejuízo colateral a McCain.
Trata-se de uma tática que tem sido utilizada reiteradas vezes. Aproveitando a cobertura de um livro, a mídia cria uma aparência de “escândalo”, desta vez com um ex-“integrante” do governo, e tenta infligir um prejuízo político que beneficia os Democratas. O problema para McClellan é que ele parece claramente tolo, enumerando responsabilidades na Guerra do Iraque - e assim por diante – que já foram na maioria das vezes levantadas antes pelos inimigos políticos do presidente. McClellan, que nunca objetou às políticas quando as promoveu e defendeu, está agindo como uma marionete.
A rede soviética
Osnos é a chave para compreender a rede que está trabalhando nos bastidores. Osnos foi assistente de I. F. Stone nos anos 1960. Stone posicionava-se como um escritor radical independente, mas foi exposto como um agente soviético nas transcrições de mensagens soviéticas conhecidas como as interceptações do Projeto Venona e por outras fontes. O ex-Major General da KGB, Oleg Kalugin, identificou Stone como um agente soviético mas, sob a pressão de amigos de Stone na mídia, mais tarde voltou atrás nesta descrição precisa. Contudo, em seu livro, “The First Directorate: My 32 Years in Intelligence and Espionage Agains the West”, Kalugin ainda identificava Stone como um “companheiro de viagem” da União Soviética que “não escondia sua admiração pelo sistema soviético” durante um período de muitos anos, e com o qual tinha contatos e almoços regulares.
Osnos ainda é um dentre muitos jornalistas de extrema esquerda que não querem aceitar os fatos terríveis sobre seus heróis e ícones. Mas como o fundador do AIM, Reed Irvine, contou ao New York Times em 1992, “a acusação de que I. F. Stone era um agente soviético não surpreende aqueles que sabiam que como um companheiro de viagem, se não um membro do Partido [Comunista], Stone permanecia um stalinista convicto após os expurgos, o pacto de Hitler e Stalin e a absorção do Leste Europeu...”
O livro de Braudy sobre os Boudins, Family Circle, tem muito a dizer sobre Kathy Boudin e seu tio, I. F. Stone, também conhecido por Izzy. Antes de entrar em uma vida de crime como terrorista comunista, ela quis trabalhar para o jornal do seu tio, que era também onde Osnos havia trabalhado. Ela nos conta que Stone tentou organizar uma oposição ao envolvimento dos EUA na Guerra da Coréia a fim de tornar a Coréia do Sul a salvo para o comunismo, e que ele trabalharia mais tarde para remover as forças americanas do Sul do Vietnã a fim de pavimentar o caminho para uma vitória militar dos comunistas por lá. Stone e seus camaradas tiveram sucesso no caso vietnamita. Seu histórico pró-comunista estava claro para quem quisesse ver, exceto para Osnos e os seus.
Defendendo os Vermelhos
De acordo com Braudy, Stone “ganhou fama nos anos 1950 por lutar pelos direitos das pessoas que foram acusadas de terem sido membros do Partido Comunista Americano”. Mas nada disso aparentemente incomodou Osnos, que foi trabalhar para Stone nos anos 1960. E a ligação de Osnos com Stone não incomodou o Post. “Após trabalhar para I. F. Stone, Peter Osnos tornou-se um correspondente internacional do Washington Post e editor internacional e nacional do jornal”, divulga o site oficial de I. F. Stone.
Em 1980, Osnos foi professor convidado no Instituto para Estudos de Programas de Ação (IPS – Institute for Policy Studies), pró-marxista, durante as aulas de Karen DeYoung sobre “correspondência estrangeira”.
DeYoung, à época uma correspondente internacional do Post, é hoje uma editora associada no jornal. O curso do IPS ocorria durante o período em que a antiga União Soviética e sua subordinada, a Cuba comunista, estavam desestabilizando a América Central e esperando instalar uma série de governos comunistas. Reagan freou a investida soviética em uma conjuntura crítica quando ele ordenou a libertação militar de Granada, controlada pelos comunistas. Simultaneamente, Reagan também estava apoiando o governo democrático de El Salvador, que enfrentava um movimento terrorista-comunista, e os Combatentes da Liberdade na Nicarágua. Foi este último que desencadeou no affair “Irã-Contra” quando Oliver North, membro do Conselho de Segurança Nacional, providenciou assistência não-oficial à resistência nicaragüense enquanto o Congresso dominado pelos Democratas tentava cortar sua ajuda.
Para Karen DeYoung, como ela revelara à classe, “a maioria dos jornalistas de hoje, ao menos a maior parte dos jornalistas ocidentais, são muito ávidos por procurar grupos guerrilheiros, grupos esquerdistas, porque presumem serem eles os mocinhos”. Osnos, por sua vez, manifestava uma visão estranha do comunismo, como notou o editor do AIM Clif Kincaid em um artigo na Human Events de abril de 1983, “The IPS and the Media: Unholy Alliance” (O IPS e a mídia: Aliança profana). Ele dizia não saber por que os soviéticos agiam da maneira como agiam. Mas ele havia visitado Cuba, onde não achara provas do controle soviético, e voltara convencido de que havia um “relacionamento aparentemente genuíno” entre Castro e o povo cubano.
Em 12 de março de 2008, enquanto preparava a publicação do livro de McClellan, Osnos encontrou tempo que chega para homenagear I. F. Stone pelo aniversário de seu nascimento. Outros que prestaram homenagens foram Robert Kaiser, editor associado e ex-editor administrativo do Washington Post, e Myra MacPherson, autor de um livro sobre Stone e ex-repórter do Washington Post.
Este é o ambiente que produziu o livro de McClellan. O que quer que você pense de Bush, McCain ou a Guerra no Iraque, não há dúvidas de que o ex-assessor de imprensa de Bush fez o papel de “idiota útil”.
Mais uma vez a mídia se diverte.
Cliff Kincaid é Editor da Accuracy in Media AIM e pode ser contactado em cliff.kincaid@aim.org
Tradução: Marcel van Hattem
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