quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PÍLULAS SOBRE AS RAÍZES DA REVOLUÇÃO DE 64

13/11/2008

Farol da Democracia Representativa


A MATÉRIA ABAIXO TRANSCRITA É ORIUNDA DO GRUPO ANHANGUERA QUE, A BEM DA VERDADE HISTÓRICA, NOS DÁ CONTA DE NOTÍCIA VEICULADA PELO JORNAL O GLOBO DE 13 DE MAIO DE 1961 QUE REGISTRA OS PARÂMETROS QUE NORTEIAM O COMPORTAMENTO DOS COMUNISTAS, CUJA ÚNICA MANIFESTADA VIRTUDE CONSISTE NO FATO DE CONSEGUIREM ENGANAR A MUITOS POR MUITO TEMPO.

Vamos recordar

Parte 4

Nesta quarta parte é focalizado o Plano de Moscou para controlar os partidos comunistas de todo o mundo, inclusive do Brasil, conforme abaixo transcrito e copiado do encarte do jornal "O Globo", de 13 de maio de 1961, cuja imagem segue-se ao texto.

Entreguismo Vermelho

Plano Básico do Comunismo Internacional

Em 1957, por ocasião das comemorações do quadragésimo aniversário da Revolução Russa, um grupo de dirigentes comunistas reuniu-se em Moscou para organizar o plano de ação de vários partidos comunistas de todo o mundo, segundo a nova "linha" estabelecida pelo Kremilin. Tendo Khruchtchev consolidado sua posição de dirigente supremo da U.R.S.S, modificou o sistema anterior de direção dos partidos comunistas estrangeiros, dissolveu o Cominform e fez novamente de Moscou o centro do poder e a única fonte de autoridade sobre aqueles partidos.

Os representantes dos PCs deste continente tiveram, na época, uma reunião especial, sendo as delegações do Brasil, Argentina, México e Chile as mais numerosas, num total superior a 179 delegados.

Uma cópia do plano, mais tarde, foi revelada em Lima e divulgada em sua parte referente à América Latina.

AS DECISÕES

Em linhas gerais, as decisões da referida reunião especial com os dirigentes latino-americanos podem ser assim enumeradas:

De Moscou vem a iniciativa, a orientação e o comando para o desenvolvimento da ação comunista. Assim, por exemplo, a luta entre os P.C do Brasil, da Argentina, do México e do Chile pela supremacia entre os partidos latino americanos, cessou definitivamente, passando cada um deles a partidos autônomos com relação aos outros, mas subordinados todos à direção de Moscou.
Neste Continente o desenvolvimento dos partidos comunistas deve ser escondido do público, embora mais do que nunca se trabalhe internamente em cada país, pela "defesa" da União Soviética e do Socialismo. Duas bandeiras devem encobrir essas atividades comunistas: o "nacionalismo" e a luta por constantes aumentos de salários e redução de horas de serviço, com aumento também das inatividades remuneradas.
“Os comunistas não devem declarar que lutam contra o capitalismo, mas, sim, contra o “monopólio estrangeiro” e “a tendência monopolizadora das empresas norte- americanas". Para isso devem ficar de lado as campanhas de exaltação do comunismo ou da Rússia, para dar lugar ao acirramento do ódio e da resistência aos Estados Unidos, entre a burguesia comercial e a industrial e, principalmente, entre a pequena burguesia, os intelectuais e os estudantes.
Os comunistas não devem usar a doutrina da luta de classes, mas devem lutar contra todas as idéias de "harmonia entre as classes", de "relações humanas" e de " capitalismo popular".
Divisão de trabalho dando-se preferência 'as atividades de infiltração. Enquanto um grupo coopera com o Governo, outro, menos silencioso, deve ficar com a oposição. O grupo infiltrado no governo criará as condições de liberdade de ação para os comunistas de oposição a fim de que essas possam exercer maior influência sobre a comunidade.
Cooperar com todas as forças de oposição, onde haja liberdade, mas cooperar também com os ditadores, quando não houver movimentos de oposição, dar assistência a todos os grupos, independentemente se suas tendências, que de algum modo se oponham aos Estados Unidos, seus empreendimentos oficiais ou suas empresas particulares. Tomar como aliado todo e qualquer descontente com a política norte-americana.
Dividir os partidos comunistas em grupos diferentes que se devem infiltrar nos vários partidos políticos, principalmente na oposição política, estimulando, sob as bandeira do nacionalismo, o ódio ao Estados Unidos. (Nesse ponto o documento recomenda cuidadosamente que se evitem os aspectos de pregação comunista). Há uma parte do plano, porém, que mais impressionante parece, quando analisamos diante do quadro latino-americano. É a parte em que a resolução de Moscou apresenta como principal objetivo dos partidos comunistas ocidentais o enfraquecimento da economia de cada país não comunista pelo apoio as exigências constantes de salários sempre, de férias remuneradas mais longas e de maiores vantagens da Previdência Social, assim como a condenação de progresso tecnológico, sob a alegação de que esse é a causa de desemprego e resulta em superexploração, por impedir que mais homens trabalhem e permitir que mulheres tomem seus lugares.. A aplicação minuciosa dessas medidas determinadas pela reunião de Moscou, já se fez sentir em toda a parte. Cada dia, uma comprovação. Não nos assiste, portanto, o direito de cruzar os braços diante do perigo presente.

Fonte: O Globo, de 13 de maio de 1961

http://www.faroldademocracia.org/editorial_unico.asp?id_editorial=206

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