quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Revolucionários do Crime

Quarta-feira, Novembro 12, 2008

Rapidinhas Políticas do Alerta Total

Por Jorge Serrão

A maior guerrilha da Colômbia perdeu força econômica devido à ofensiva militar contra o narcotráfico.

Atualmente, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia dependem de extorsões e seqüestros na Venezuela, no Equador e no Panamá.

Nos últimos anos as Farc investiram em empresas de transporte, casas de câmbio, pecuária e terras para lavar o dinheiro de suas atividades ilícitas.

Foi com tais argumentos que o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, denunciou ontem que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deixaram de ser um cartel da cocaína para virar uma organização produtora da pasta-base da coca.

Guerrilha corrompida

Santos calcula que o faturamento do grupo caiu de 530 milhões de dólares em 1997 para cerca de 350 milhões em 2006.

A rentabilidade do quilo da cocaína para a guerrilha diminuiu de até 7.000 dólares para cerca de 500 dólares.

De acordo com o ministro, as Farc também foram afetadas pela corrupção de alguns dirigentes, que se apoderaram de quantias milionárias.

Para sobreviver, a guerrilha teria se aliado a delinqüentes comuns para realizar extorsões e sequestros em países vizinhos.

Mudança tática

"Há anos temos apontado as Farc como principal cartel de cocaína do mundo. Hoje devemos corrigir essa afirmação, para precisar que as Farc são agora o principal cartel de base de coca do mundo. E isso se deve ao trabalho da Força Pública, que fez com que o narcotráfico seja uma atividade cada vez mais difícil de realizar no nosso país".

Foi o que explicou Juan Manuel Santos em um fórum sobre lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

O governo colombiano estima que o enfraquecimento econômico das Farc tenha começado em 2002, quando o presidente Alvaro Uribe tomou posse e iniciou uma ofensiva militar com apoio dos EUA.

Grandes baixas

A guerrilha se viu obrigada a recuar para áreas montanhosas e de selva.

O governo colombiano estima que a guerrilha, que chegou a ter 17 mil integrantes em 2000, tenha se reduzido a cerca de 9.000.

Além do enfraquecimento econômico, as Farc também enfrentam duros golpes militares nos últimos 18 meses, com a deserção de milhares de combatentes e a morte - por causas naturais, traições e em combates - de dirigentes importantes, como Raúl Reyes, Iván Rios e o fundador Manuel Marulanda.

Alerta Total de Jorge Serrão

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