26/11
A verdade sufocada
Um triste acontecimento na História do Brasil e da sua própria Marinha foi a “Revolta de
À João Candido, hoje batizado de Almirante Negro, por aqueles que desconhecem o seu verdadeiro comportamento, coube posteriormente apenas negociar a anistia. Naquele episódio, vários oficiais, sargentos e marinheiros foram sacrificados, enquanto instalações e materiais diversos foram danificados, sobressaindo o massacre a que foi submetido o então Comandante do “Minas Gerais” que teve o seu corpo desrespeitado por um dos revoltosos que ainda urinou sobre seu cadáver.
Num curto espaço de tempo, estava também ocorrendo uma crise institucional de extrema gravidade, ameaçando inclusive a cidade do Rio de janeiro, na época, a capital do País.
Tal episódio deve ser considerado como uma ruptura do preceito hierárquico, uma vez que, na Marinha do Brasil as reivindicações dos subalternos, em via de regra, quase sempre obtiveram a compreensão, o reconhecimento e o respaldo para decisão superior, por meio de argumentações e diálogos entre as partes envolvidas.
Assim, em hipótese alguma, aquele movimento não pode ser interpretado como ato de bravura ou de caráter humanitário e a Marinha deste País, estou certo, jamais reconheceria qualquer heroísmo naquelas ações desencadeadas pelos amotinados.
Portanto, no meu entender, não existiu a menor justificativa para que fosse homenageado um “Falso Herói”, na ocasião em que se comemora o Dia da Consciência Negra”, com a colocação de uma estátua daquele indisciplinado marinheiro na Praça XV ,nesta cidade, num evento que contou com a presença de autoridades, notadamente a do Comandante Supremo das Forças Armadas – O Presidente da República.
Considero mesmo que, no dia 20 de novembro de
LAMENTÁVEL.
Alfredo Karam , Almirante-de-Esquadra ex Ministro da Marinha
NOTICIARIONAVAL
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