Sábado, Maio 31, 2008
Alerta Total
O Itamaraty nega ter conhecimento de que o falecido Raúl Reyes, um dos membros da cúpula das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) morto em março deste ano, tentou estabelecer laços entre a guerrilha colombiana e o governo chefão Lula da Silva.
O desgoverno nega o teor da reportagem publicada na edição da revista Época deste fim de semana.
Da mesma forma como negou que o dinheiro do “padre” Olivério Medina, representante das FARC, tenha colaborado no caixa 2 da campanha presidencial do PT, em 2002.
As cartinhas
A publicação teve acesso a três cartas que Reyes enviou para Lula em 2003, primeiro ano de governo do petista.
As correspondências foram levadas ao gabinete presidencial, no Planalto, por um parlamentar do PT.
Reyes expressa o desejo das Farc de estabelecer "relações político-diplomáticas" com o governo brasileiro.
O chefe da guerrilha esquerdista colombiana também pede uma conversa "pessoalmente" com o presidente brasileiro para tratar de "temas de benefício recíproco".
Trechos da cartinha
Confira os trechos da Cartinha de Reyes a Lula, companheiro do guerrilheiro no Foro de São Paulo:
"Queremos aproveitar para ratificar, junto ao senhor, oficialmente, a política de fronteiras das FARC-EP: nossa organização tem profundo respeito pelos povos e governos vizinhos da Colômbia. Por essas razões, nossas unidades não intervêm em assuntos internos de seus países, nem estão autorizadas para executar operações militares fora das fronteiras da Colômbia".
"Consideramos oportuno informar-lhe que o governo paramilitar, ilegítimo de Álvaro Uribe Vélez, cumpre sem reparos todas as exigências do Governo de (George W.) Bush sem que ninguém o pressione, e o faz por convicção e porque está plenamente identificado com as políticas do império estado-unidense".
Leia o artigo de Márcio Accioly: O crime vai domando o Brasil
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