quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A INEVITÁVEL CHANGE, WE CAN

Heitor de Paola


Carlos Reis

05/11/2008

Meus maiores temores se confirmaram. Isso significa que posso voltar aos meus textos apocalípticos? Sim e não. Apenas não foi muito difícil prever a vitória de Obama que já estava desenhada na cultura americana, na mídia americana, na opinião pública internacional antiamericana. Se Obama vai se comportar como o cavalo amarelo do Livro das Revelações só o tempo dirá. Mas o seu discurso era apocalíptico, messiânico, com subtons de mania e de grandeur e deram e darão larga base às análises psicológicas que já começaram a ser feitas e que, inevitavelmente aumentarão assim que baixar a poeira queniana do seu carnaval. Vem aí o aparelhamento obâmico do Estado, porque o da sociedade já ocorreu. Vem aí a Revelação da mente obâmica.


Esse fenômeno já é conhecido dos brasileiros, e aqui as comparações com Lula são indesmentíveis. Barack Hussein Obama é o Lula americano. CHANGE é a mesma transformação social prometida e executada pelo petismo em duas décadas. Em ambos predominam a fantasia futurística do mundo melhor, o populismo, a demagogia racial, a fixação socialista por minorias que precisam ser defendidas dos terríveis conservadores. Ambos gozam ainda da aceitação internacional.


Os Estados Unidos foram a bola da vez. Neste sentido Obama é sim antiamericano, e é inimigo dos valores tradicionais americanos. Sua obra destruidora desses valores ficou evidente com a sua vitória em estados rednecks republicanos onde os democratas jamais venceram. O centrão caipira mudou a CHANGE chegou lá. O que mais isso pode significar senão a afirmação de uma idéia poderosa de transformação social bem ao gosto comunista?


No cenário internacional Israel é o grande perdedo r. Pode ser considerada perdida a defesa de Israel por parte dos Estados Unidos. Com Barack Hussein Obama os judeus terão que se virar por si mesmos contra seus inimigos. O Irã terá as mãos livres porque não será o pacifista, o puro de intenções, o bonzinho Barack Obama que obstará seus planos de destruição de Israel. A posição da Inglaterra ainda é uma incógnita para mim. Por enquanto não sei se será criada uma distância entre os dois paises irmãos. O Iraque será um grande campo de prova do que acontecerá na relação dos dois países. Na América Latina do Foro de São Paulo não espero outra coisa senão o fortalecimento das posições antiamericanas dos ditadores cucarachos. Já era assim com o incrível bosta do Bush que nunca se importou com a comunização da América Latina. Agora será aberta e clara a dependência americana dos propósitos comunistas do Foro de São Paulo.


Dias atrás, quando para mim se desenhava clara a vitória de Obama e a brutal incapacidade intelectual do fraquíssimo McCain diante de um adversário tão poderoso e tão mitológico, eu me considerei em depressão como se americano fosse. Sou eu um hipocondríaco, ou apenas reafirmo meus dons de vidente involuntário que sofre por antecipação? Na verdade eu apenas estava lendo os fatos e me comportava como um profeta do acontecido. Só os cegos não viram a eleição perdida do McCain. Só os cegos não viram que o velhote McCain não era adversário nem para a Hillary Clinton que ele jogava fora os votos das mulheres e dos jovens. Só os cegos não viram, por último, o quão pouco de republicanismo autêntico restava em McCain. Só os cegos não viram que a questão econômica foi arrasadora e o maior fator de desequilíbrio nesta eleição. Disse uns tempos atrás que essa crise talvez não fosse apenas resultado de uma coincidência temporal com o ano eleitoral. Por outro lado, as pessoas mais lúcidas nas análises econô micas sabem que nem Bush seria capaz de fazer tanto estrago na economia americana, e que uma crise de tamanho quase igual a de 1929 não poderia ser criada nos 8 anos de sua administração. McCain não sabia disso? Sua assessoria não sabia disso? E o babaca redneck acabou fazendo o discurso anti-Bush que o Obama queria. Tudo isso era mais do que previsível era visível. Que conclusão poderia eu extrair senão a vitória de Obama. A única coisa que eu não sabia era a extensão da derrota de McCain, 348 X 168, no momento que escrevo. Afinal não sou americano, não vivo lá, não sinto as coisas como um yankee nato ou clandestinamente importado como o próprio Barack Hussein Obama.


Agora a merda está feita. Vamos anotar as mudanças vamos conferir os caminhos da socialista, antiamericana, pró-islâmica e pró-terrorista CHANGE, WE CAN.


Enviado pelo Autor


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