Domingo, 9 de Novembro de 2008
Blog do Clausewitz
Aprendi nos bancos escolares da academia real prussiana que a característica principal de um líder é sua coragem... e nem sempre coragem é fazer e acontecer... a coragem muitas vezes é medida na capacidade que o líder tem de tomar uma posição e revê-la se for o caso... imagino que isso seja muito difícil num universo de mentiras e enganação como é o mundo da política, em especial no submundo da esquerda, que sustenta seus pilares exatamente na mentira...
Esta realidade ora comentada é muito mais fácil de notar quando falamos de Luiz Inácio da Silva, ou Lula, ou para os íntimos "nem a favor, nem contra, não me comprometa"... esse a quem a história já condenou por ser o grande charlatão de nossa história política, pois sendo o "líder" do não menos ludibriador Partido dos Trabalhadores, nunca soube de nada do que aconteceu, nem sabe o que acontece, mas o que acontecerá e que lhe traga benefícios, Lula sabe de tudo (visto o pré-sal)...
Pois esse senhor que responde pelo cargo de presidente da nação viu-se agora numa cinuca de bico, motivada por seus rebeldes e beligerantes ministros da área da área da "justiça" que teimam em querer rever um aspecto legal que durante muito tempo abrangeu as duas partes contendoras do período em que o país quase embarcou na canoa furada do comunismo falimentar...
Necessário dizer que somente aos prepostos de Lula interessa essa maldita dissecação do passado, pois os satisfará nos desejos mais incontidos de vingança... a lógica aponta para o fato que o Brasil está alheio a esse fato, que não renderá dividendos eleitorais uma reviravolta arbitrária nesse assunto e que decididamente não faz parte da realidade do nosso povo...
E não faz parte mesmo da realidade, pois diferentemente do que aconteceu nos países a nossa volta, que tiveram regimes de exceção democrática centenas de vezes mais agressivos que o nosso, o que ocorreu no Brasil na verdade foi a manutenção da ordem pública, onde quem a desafiava era interrogado, detido e julgado pela justiça e condenado se assim merecesse e quem se insurgia com atos de terrorismo era apresentado à realidade das armas, por livre escolha e decisão...
Nesse contexto apresentado, contabilizou-se nos 21 anos de governos sob a tutela militar, trezentos e poucos mortos, na maioria enterrados com cognomes, pseudônimos e apelidos, pois era necessária a dissumulação e o mascaramento, visando a não trair as células formadoras e os "líderes" de suas facções que geralmente buscavam algo bem diferente do que a retomada da democracia...
Então, vejo que nesse episódio o presidente teria uma chance imorredoura de fazer história agora e decretar o fim dessa novela insana... bastaria uma ordem sua para que essa embriagante remexida no passado proposta por Tarso Genro e Paulo Vanuchi tivesse um fim derradeiro... em hipótese alguma ele iria dissociar seu prestígio do povo, que em tese o idolatra, ao tempo em que iria se tornar antipático por muito pouco tempo com poucos de seus auxiliares e ganharia finalmente o respeito e a consideração da família militar...
Mas o "líder" sindical Lula quer neutralidade ou pelo menos quer se ver neutro nesse saco de gato, apesar de ter proposto que a AGU, que ora tinha apresentado um parecer embasado na legalidade, apresente agora um parecer híbrido, que atenda às duas facções, aos dois lados da moeda, numa cara-ou-coroa em que a moeda tem que cair se equilibrando sem pender para nenhum lado... não foi essa decididamente uma atitude de um líder... talvez de um líder sindical, mas não de um líder de uma nação...
Somente uma atitude mais vigorosa por parte da sociedade poderia exterminar de vez esse assunto que em nada nos engrandece como povo, como nação, como pátria... essa ação teria que ser algo que obrigasse Lula a tomar uma decisão e sair de seu confortável muro blindado, pelo menos uma vez na vida... e é notória a antipatia da classe média intelectualizada quanto a esse assunto de revisão de anistia e punição unilateral, visto as pesquisas que já foram feitas aqui, incluindo esta ora em curso, que apresenta uma rejeição total ao trabalho de Tarso Genro e quase que integral ao que pensa estar construindo o Sr Paulo Vanuchi...
Mas que atitude vigorosa e impactante seria essa e o que poderia gerá-la??? só há uma entidade capaz de arrancar esse extemporâneo ato de coragem do desafinado maestro: uma nota do Alto Comando do Exérito, coajuvada pelo AC da MB e pelo da FAB... no mais é continuar alimentando mais essa ruptura na tecitura social de nosso povo, que já não aguenta mais ver que a justiça só busca injustiçar e os direitos humanos só desumanizam nossa necessidade de conviver em equilíbrio entre direitos e deveres...
Nenhum comentário:
Postar um comentário