segunda-feira, 3 de novembro de 2008

De olhos abertos contra a demoniocracia

Domingo, Novembro 02, 2008

Alerta Total

Por Arlindo Montenegro

Esta democracia socialista a que estamos submetidos, este estado que nos embriaga com a massiva propaganda do “Brasil para todos” - sem especificar que todos: banqueiros? políticos? corruptos? todos os filiados ao partido do governo? todos os que calam e consentem? todos os traficantes? - poderia ser mais legitimamente apelidada de demoniocracia. O fato é que nos últimos 25 anos e com números divulgados pela OMS - Organização Mundial da Saúde, o poder paralelo do crime organizado avança, atinge e degrada a segurança de cada vivente.

Um dos últimos relatórios da Anistia Internacional diz textualmente que no Brasil a taxa de homicídios violentos vitimando menores de 25 anos é de 52.2 por cada 100.000 habitantes e isto é o dobro dos que morrem na mesma faixa etária em acidentes de trânsito. É a OMS quem cita que dos 8% da população mundial que vive nos países da América Latina, 74.5% dos habitantes das grandes cidades foram vitimados por algum ato delitivo. Ou seja, a partir dos anos 90 o crime organizado subordina a população e os governantes fazem... discursos!

As pessoas que ocupam os cargos poder no executivo, legislativo e judiciário parecem cegas, surdas e mudas, para o senso comum e para o direito consuetudinário (costumes da gente). Novos e inumeráveis decretos e leis, refinam a burocracia, multiplicam os controles e a dependência do cidadão produtivo sufocando-o com deveres que historicamente, constitucionalmente, são atribuídos estado: cuidar da educação, da saúde, da segurança... o mínimo. As notícias veiculadas retratam um Brasil de conto da carochinha.

Quem lembra as rebeliões de 2006 planejadas e dirigidas pelo PCC nas cadeias? Quem lembra aquela semana de ataques a delegacias, reféns nos presídios e o saldo de mortos (272, sendo 91 policiais)? Somos ainda o país do futebol e do carnaval? O fato é que somos listados em segundo lugar como consumidores mundiais de cocaína. E estamos em terceiro (no momento talvez segundo) lugar do mundo no registro de mortes por causas violentas.

Temos grandes áreas controladas por traficantes. Temos recrutamento forçado de crianças a serviço do tráfico ganhando por semana tanto quanto um trabalhador braçal ganha por mês, temos comunicações ativas entre os presídios de segurança máxima e os gerentes da bandidagem que vivem em locais nobres, temos toques de recolher quando eles assim desejam nas favelas e periferias, temos as redes de prostituição internacional, nosso território está aberto para o refúgio, contrabando de armas, pedras preciosas e tudo mais quanto sirva para “lavar”, em empresas de fachada, os rios de dinheiro que também alimenta o sistema financeiro – em crise? – mundial.

Para as forças armadas, para os corpos policiais ficam as promessas dos governantes, os cortes no orçamento, as escolas mal aparelhadas e a porta aberta para a corrupção dos fracos e para a infiltração dos afilhados da bandidagem. E apenas 8% das dezenas de milhares de assassinatos cometidos a cada ano, são submetidos a um processo judicial completo. Mesmo assim, nem todos os condenados vão para a cadeia. As cadeias estão cheias e são muito dispendiosas!

Um modelo que leva ao desespero (chamam de estresse esta sensação de impotência e insegurança!) os que dependem do transporte público, os que circulam em vias congestionadas para chegar aos locais de trabalho. Isto se repete nas metrópoles e nas grandes cidades. E não é só no Brasil. Organismos internacionais documentaram em 2005 os casos de seqüestros, narcotráfico e assassinatos envolvendo agentes da polícia e da Guarda Nacional da Venezuela. Até um governador (do Estado de Guarico) foi acusado por estar vinculado a esquadrões de assassinos integrados por policiais.

A infiltração de pessoas preparadas desde a infância e juventude por narcotraficantes e bandidos, tanto nas Forças Armadas quanto nos organismos policiais, tem sido uma constante em nosso continente nos últimos anos. A facilitação e o consentimento implícito nas políticas ditas de ”direitos humanos”, nas ideologias criadoras do caos, nas práticas de dirigentes corrompidos em todos os níveis, conduziu esta nação ao momento atual. Sobram dúvidas, perguntas, sobra o preconceito, sobra a podridão em cada canto palaciano ou penitenciário. Lugares comuns...

São Paulo gera quase 30% do total de impostos que o governo federal arrecada. Recebe de volta 10% desses impostos para aplicar em escolas, saúde, sistema viário, segurança... Os legisladores divertem-se! Como numa daquelas comissões parlamentares que não dão em nada, apreciaram o crime organizado. Algumas informações parecem ter sido esquecidas: “o PCC criou uma estrutura que conta com 140.000 pessoas...”

“Marcola é admirador de Trostky e Sun Tzu (maioria dos congressistas nem sabe quem são esses caras!) e o PCC arrecada com a venda de drogas, perto de 300 mil dólares semanais...” (outras diversas frentes de “trabalho”como desvio, roubo, venda e aluguel de armas; seqüestros relâmpago; seqüestros mais elaborados; roubo de carga; roubo de carros e outras especializações não estão contabilizadas).

Na ocasião, o Delegado Bittencourt da Polícia de São Paulo dizia que: ”um telefone celular na prisão é mais perigoso que dez fuzis nas ruas”. Os celulares estão funcionando nas cadeias até hoje! Mais rebeliões e mortes foram intentadas e executadas. Até condenado fugindo de prisão de segurança máxima, pela porta da frente, já é fato consumado. Ônibus foram queimados nas ruas... protestos!

E a ausência de integração dos corpos de segurança chegou ao auge com policiais militares atirando contra policiais civis em greve. Que segurança, que confiança pode ter a população? Quem pode blinda os carros, cerca casas com altos muros, câmeras, cercas elétricas, cachorros e guardas de segurança, circula de helicóptero, mantém áreas de segurança nas casas com portas blindadas. Liberdade? Democracia? Direito de ir e vir? Direito à busca da felicidade? Será?

Que conteúdo, que significado atribuímos a esta liberdade? A propaganda veiculada pelos formadores de opinião pagos pelos governantes, esconde o conteúdo, omite o significado, distorce os fatos, manipula a gente. E a gente passa a defender discursos ocos e promessas. A gente passa a defender os contornos de uma ideologia que prima pela privação da liberdade.

Uma ideologia que atribui à liberdade significados e símbolos sangrentos, diferentes daqueles que estão impressos em diversas culturas: produtivas em presença de liberdades condizentes e costumeiras e escravizantes quando as liberdades são reduzidas ou distorcidas.

Outra expressão ideologicamente distorcida e muito politizada em nossos dias: direitos humanos! Os direitos humanos naturais à vida, à busca da felicidade... estão como que criminalizados. “Desarme-se! Deixe que os outros predadores dominem você e sua família pacificamente!” Abra mão do direito de tentar defender sua própria vida, sua integridade!

Quem decide o que é virtuoso, direito, humano e natural agora são os homens do partido e suas agencias construtoras de conflitos sociais. Direito humano nos nossos dias parece ser somente o trabalho árduo para consertar os rombos financeiros na redivisão do bolo de poder mundial.

O que você quer para você? Em que ambiente você quer viver? Decidiu? Fé em Deus e mãos à obra! Se puder.

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Alerta Total de Jorge Serrão

Nenhum comentário: