Domingo, Novembro 02, 2008
Alerta Total
Por Jorge Serrão
Alguém duvida que o mundo cada vez mais bobalizado pelo globalitarismo é vítima do ignorantismo? O Brasil nem se fala! Somos bombardeados por idéias, ideologias e pensamentos únicos “fora do lugar”. Sobrevivemos torturados política e economicamente por teorias que nos prejudicam ou que se mostram inadequadas para explicar a realidade e solucionar problemas. Tanto “investimento” no ignorantismo só faz aumentar o tamanho das diversas “crises” vividas pela humanidade e pelos brasileiros.
Um gaiato piadista já conceituou que o Ignorantismo é o sistema daqueles que preconizam as vantagens da ignorância, sustentando que o saber é prejudicial. Segundo o mesmo humorista-sério, que até elabora uma página na Internet sobre o tema, existem várias expressões adoradas pelos ignorantistas. Deus quis! A voz do povo é a voz de Deus. Um dia você vai ver que eu estava certo. A minha vizinha disse que isso é muito bom para... Todos precisam acreditar em alguma coisa. Você não pode pensar assim!
No Brasil, assistimos a um fenômeno patético (digno do Pateta e do Capeta, em parceria com os mafiosos Irmãos Metralha). Temos um popular apedeuta que adora emitir conceitos sobre tudo que não conhece de verdade - nem na teoria e muito menos na prática. O pior é que ele é regiamente pago e sustentado politicamente para representar a figura de um pretenso líder no faz-de-conta do teatrinho político dos fantoches moralmente esfarrapados do João Minhoca.
O verborrágico Sapo Barbudo não passa de um reles chefão. Até porque não lidera ninguém em direção a nada. Mais parece um Sapo - codinome “Boi” - que acabou transformado em vaca sagrada pelos “gênios da raça” que o inventaram nos tempos do sindicalismo fomentado pelos socialistas fabianos que planejaram e tomaram de assalto o poder no Brasil.
O personagem é um vazio de propostas e soluções. Em tese, o Boi terminaria em ostracismo, no brejo da história. Mas o animal sobrevive porque lhe falta competente oposição, capaz de indicar novos caminhos e soluções de verdade para o desenvolvimento do Brasil. Na ausência de alternativas reais, o Boi apedeuta ainda se torna cada vez mais “popular”, graças a um sofisticado e bem financiado trabalho de marketagem política.
Acontece que a gravidade do momento atual exige uma alternativa política real ao nem tão poderoso chefão que tem a pretensão de nos governar. O desgaste dele é inevitável. É uma questão de pouco tempo. Desde que seja apresentada uma alternativa digna, propositiva, que a grande massa moldável e os (de)formadores de opinião sejam capazes de entender de uma mesma maneira simples, clara e objetiva.
O Brasil não tem mais tempo a perder. Precisamos aproveitar o momento de crise mundial para tirar proveito dela. Os chineses têm razão. O vocábulo crise, na língua dos mandarins, significa wei-ji (Crise e Oportunidade). Eis por que agora é o momento de os segmentos esclarecidos da sociedade assumirem seu papel propositivo diante do vácuo de liderança política e perante o quadro de instabilidade econômica. Não dá mais para “enxugar gelo” ou perder tempo fazendo necropsia de cadáver.
O momento é de lançar uma campanha cidadã, politizada e consciente, em favor do sistema de voto distrital puro, restabelecendo a representatividade do poder local do cidadão-eleitor-contribuinte. O voto por distritos vai dar força ao cidadão a partir do bairro em que ele vive, ampliando-se para o município, o distrito, o estado até chegar à União. Quem elegeu o político terá chance de cobrar resultados se o processo legislativo e decisório estiver próximo dele – o que não acontece em nosso atual modelo federativo e político. Tal assunto tem de entrar, urgentemente, no debate da reforma política.
Precisamos aprimorar o sistema de voto eletrônico, tornando-o passível de auditoria transparente, através dos comprovantes impressos, que permitam uma recontagem pública e isenta. Que nos perdoe a Justiça Eleitoral, mas não dá para confiar, cegamente, nas eleições feitas na dedada e sob controle de um chip programável. Um recadastramento eleitoral também é prioritário, pois o elevado índice de abstenção da recente eleição (em torno de 20%) indica que muito “eleitor” apto a votar sequer existe realmente ou está vivo de verdade.
Ainda no campo eleitoral, é preciso acabar com o "voto obrigatório". Nosso sistema é a negação do princípio democrático. Tal entulho autoritário, de um Estado que tem a prática histórica de tutelar a sociedade, precisa ser removido. Voto tem de ser facultativo. Quem vota o faz por consciência cidadã. Só assim o jogo eleitoral - que hoje mais parece uma aposta no cassino do Al Capone - se transformará em um embate político real.
Uma outra reforma urgente é do modelo Judiciário. Também precisamos de uma Justiça mais próxima da realidade municipal, capaz de tomar decisões mais imediatas, simples e sábias. Que tal um modelo judiciário igual ao da Alemanha, a partir dos pequenos municípios, onde existe Deus e, abaixo dele, um juiz respeitável por sua moral e condutas sociais ilibadas?
Precisamos de uma Justiça de verdade - capaz de resolver mais rapidamente, no tempo certo, pequenos casos reduziria o clima de impunidade, que historicamente amplia a corrupção, a violência e a barbarie no Brasil. O atual modelo Judiciário no Brasil é comprovadamente ineficiente, perdulário e lento - apesar do esforço de magistrados, servidores e advogados não ligados ou contaminados pelo esquema do crime organizado. Precisa ser mudado imediatamente.
Tais mudanças são um passo inicial para a superação do modelo ignorantista no Brasil. O que acontecer depois, de positivo, será conseqüência natural de tais reestruturações básicas do modelo de representatividade, de votação e de Justiça. No mais, investindo de verdade em educação básica, e na mudança do modelo econômico neocolonial (que nos explora desde que fomos achados e inventados por Cabral e sua turma globalizante), teremos a chance de ter uma nação que sirva aos seus cidadãos que só querem trabalhar, produzir e ser felizes no melhor lugar do mundo.
Eis momento histórico de “Pensar Brasil”. Chega de ignorantismo! Precisamos fazer Política de verdade, com Democracia (a Segurança do Direito Natural) e respeito aos diferentes modos de pensar de cada um. Eis o espírito (geist) do lema patriótico “Brasil Acima de Tudo”. Somos uma nação com potencial de vocação para o Bem. Só precisamos transformar tal potencial em realidade concreta.
Alerta Total de Jorge Serrão
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